sol aberto
poema visual bilingue (português - español) de Antonio Miranda
sol aberto, cactos clamando ritmários aos cirros sol aberto, “chango” *(1): brasileiro, ah, brigas, ranchito bajo, barro reviste, pobrecito, em seu burrico na voragem del polvo (a terra — quilinho —
a quem “pertence?”) inquilino, sol aberto — nuvens de pó e as ventaosas do polvo,
arenoso, nuvens clamores, cactos castiçais : no llueve nunca (S) señor, el dinero de ellos compra lluvia de iglesia se cubre de plata, morochito, sol abierto, yuyos de ernesto farina “muito obrigado”,
eu o amo olhos rasantes (secos rios) lagunas de sal (llanto) larguras de sol, changuito de tulumba que — a sem voz de cismar — vê transportar o sal (?conoce pelé?) el polvo lo ensucia a nosotros (espinhos). tortoralejos e os fornos de barro ou catamarca sem pássaros se as caruzes são postes e os telhados — gravetos — al niño el sol y una moneda de oro (poeta no escribe con el corazón, ché, odeio as comparações
*(10) - chango (español): rapaz do povo
escrito na viagem pelo “deserto” entre
Cordoba / Tucumán
31-03-1962
|